Copom eleva a taxa Selic para 4,25% ao ano

Atualizado em 22 de junho de 2021 às 3:45 pm

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, decidiu, por unanimidade, na sua 239ª reunião, realizada na última quarta-feira (16/06), elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 4,25% ao ano. O objetivo da elevação é conter a pressão inflacionária.

A elevação foi a terceira consecutiva na taxa básica de juros neste ano. Na última reunião, que ocorreu no início do mês de maio, o Copom havia elevado a taxa dos 2,75% anteriores para 3,5%, o comitê já havia sinalizado que faria um novo aumento da mesma magnitude no encontro seguinte.

Para a próxima reunião, marcada para o início de agosto, o Copom sinalizou que pretende aumentar a Selic em mais 0,75 ponto percentual em direção a uma normalização dos juros em 2022. Com o cenário, a previsão do comitê é de que a taxa básica de juros termine 2021 em 6,25% e 2022 em 6,50% ao ano.

“O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022“, destacaram os membros do Comitê.

As projeções de inflação do Copom também foram atualizadas. O comitê prevê uma alta de preços em torno de 5,8% para 2021 e de 3,5% para 2022.

No cenário previsto, as projeções para a inflação de preços administrados são de 9,7% para 2021 e 5,1% para 2022. “Adota-se uma hipótese neutra para a bandeira tarifária de energia elétrica, que se mantém em ‘vermelha patamar 1’ em dezembro de cada ano-calendário”, informou o Comitê.

No comunicado, o Copom afirmou ver fatores de risco “em ambas as direções”. “Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento recente nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico”. “Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do país.”

Com Informações do Banco Central

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