ENTIDADES APRESENTAM PROPOSTAS DE POLÍTICAS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL AOS PRESIDENCIÁVEIS

Atualizado em 21 de agosto de 2018 às 5:29 pm

A ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, com apoio das principais associações representativas do setor, realizou nessa segunda-feira, 20, o Seminário Brasil 2022 – “O Futuro na Economia Digital”, onde apresentaram a 4 candidatos presidenciáveis suas propostas através de um documento batizado de Independência Digital Brasil 2022 – Uma contribuição do setor de Software & Tecnologia para a Transformação Digital do Brasil. Estiveram presentes José Maria Eymael (DC), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo) e Kátia Abreu (PDT).

As entidades signatárias do documento entendem as Eleições de 2018 como um ponto crucial da história do Brasil, em um momento-chave para inserir o país na Revolução Digital que vem ocorrendo mundialmente, aproveitando as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para gerar crescimento econômico e inclusão social com políticas públicas de longo prazo.

As propostas levam em conta a realidade setorial, além das ações que já estão em andamento local e internacionalmente, para então definir medidas voltadas a alavancar o crescimento do país com ampla contribuição do setor de TI. Ademais, estão centradas em programas de educação, incluindo competências tecnológicas nos processos de aprendizagem nos currículos, preparando os jovens também do ponto de vista de inteligência emocional e conhecimento de administração, contabilidade, etc., para os mesmos possam sair da escola e empreender criando uma startup ou ter melhor empregabilidade.

Também pedem a regulamentação da lei de software (Lei 9609/98) para diminuir a insegurança jurídica do setor; propõe ainda normas específicas para contratação nas modalidades de terceirização, trabalho intermitente e teletrabalho; fomento a inovação para atrair startups, criando hubs com instituições internacionais e ao mesmo tempo atrair investimentos internacionais com a criação de tax free zone; fortalecer o setor de software e serviços visando a real internacionalização do setor.

Assinaram o documento entregue aso candidatos as associações: ACATE – Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia; ASSESPRO – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação; BRASSCOM – Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação; FENAINFO – Federação Nacional das Empresas de Informática, e SOFTEX – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro.

Propostas dos Candidatos ao segmento de economia digital

Primeiro a se apresentar, o candidato pelo partido Democracia Cristã (DC), José Maria Eymael, disse que o próximo presidente da República tem de ter obsessão pelo desenvolvimento para que o Brasil seja uma potência respeitada pelo mundo. “Nesta missão, destaco alguns pontos: o primeiro é a formulação de métricas e indicadores para que se possa acompanhar este caminhar. A inovação está muito à crença de acreditar e defender. E, neste consenso de desenvolvimento, a transformação digital é o caminho, não tem outro”, afirmou.

O candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles disse que, se eleito, pretende criar um gabinete digital ligado diretamente à presidência da república, pois acredita no uso da tecnologia no projeto administração pública. Também disse que pretende incentivar a formação cursos profissionalizantes pois “temos 11 milhões de jovens até 29 anos desempregados”. Também disse que pretende incentivar startups, mas que antes elas têm que contar com estabilidade econômica para ser viabilizarem. Em resumo, falou que o país tem de crescer num bom ambiente macroeconômico; o governo ser menos intervencionista.

A tecnologia precisa estar presente desde o início da vida escolar para se transformar em algo cotidiano, natural, pois não há desenvolvimento efetivo sem ela. Foi o que defendeu a candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), Kátia Abreu. A senadora Katia Abreu defendeu iniciativas como polos tecnológicos e redução de impostos para o ecossistema de startups. Ainda de acordo com Katia Abreu, o governo Ciro Gomes não vai acabar com a Reforma Trabalhista, mas vai cuidar para que temas que ficaram pendentes- entre eles o do trabalho em condições insalubres de mulheres grávidas- sejam regulamentados e ajustados para garantir segurança jurídica.

O candidato à presidência da República pelo partido Novo, João Amoedo, frisou que o Brasil precisa ter mais investimento em infraestrutura e adotar um conceito tecnológico em todo o Governo. “Precisamos ter a tecnologia como meio para todas as ações de governo”. Amoedo também defendeu a necessidade de criar meios para incentivar a iniciativa privada a investir mais em Ciência, Tecnologia e Inovação.

Com informações Convergência Digital

 

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